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homem negro e home branco engajados no trabalho

Engajamento no trabalho: o que você precisa saber?

Para falar de engajamento no trabalho, é preciso antes de tudo, entender o que é engajamento. Se você fizer uma busca agora mesmo na internet, certamente encontrará diversas definições e interpretações sobre o tema.

Aqui, na Santo Caos, entendemos engajamento como o conjunto de conexões racionais e emocionais entre pessoas e empresas, que gera resultados positivos mútuos. Por exigir conexões, o engajamento envolve pessoas e seus anseios, medos, vontades e comportamentos. Isso significa que, para engajar pessoas, você precisa saber o que elas querem e esperam, e encontrar formas de se conectar com elas por meio disso.

Acompanhe este artigo e mergulhe neste tema tão amplo e importante para o sucesso das empresas. Nele você encontrará:

  1. O que significa engajamento no trabalho
  2. Qual a importância do engajamento no trabalho
  3. Engajamento profissional: será que os colaboradores estão engajados?
  4. Home office e o engajamento no trabalho remoto

 

Preparado? Boa leitura!

 

O que significa engajamento no trabalho?

O engajamento no trabalho nada mais é que o conceito de engajamento aplicado ao ambiente profissional. Quanto mais conexões de fatores emocionais positivos, — como inspiração, sentimento de pertencimento, entusiasmo e valorização — um funcionário tiver na organização a qual atua, maior será o seu nível de engajamento no trabalho, em suas atividades diárias e com a própria companhia.

 

 

Qual a importância do engajamento no trabalho

Uma organização é feita de pessoas, não de números. As empresas mais antenadas já perceberam que por isso, a relação com os seus colaboradores é a base para manter os altos níveis de engajamento no trabalho dentro das organizações.

 A importância do engajamento para essa relação é quase unanimidade entre as empresas: 93% das empresas consideram o engajamento no trabalho uma prioridade alta ou muito alta. Quando falamos de engajamento com o público interno, estamos nos referindo ao esforço da instituição para criar conexões reais com as pessoas que fazem parte dela. Esse fortalecimento na ligação traz diversos benefícios, tais como:

  • ·         Aumento de produtividade;
  • ·         Maior envolvimento e comprometimento;
  • ·         Impulso para inovação;
  • ·         Diminuição do turnover;
  • ·         Atração de talentos;
  • ·         Redução de custos.

  

 

Engajamento profissional: será que os colaboradores estão engajados?

O engajamento profissional é fundamental para o sucesso das empresas. Isto é indiscutível. No entanto, é comum vermos a total falta dele nas empresas.

Segundo os estudos de engajamento que já realizamos com mais de 100 mil pessoas em todo o Brasil, menos de 30% dos colaboradores das empresas possuem um alto nível de engajamento profissional.

As razões para esta falta de engajamento profissional são inúmeras. Nossa experiência na área mostra que a falta de conhecimento sobre as pessoas que trabalham na empresa é uma das principais responsáveis por esta situação.

Daí, algumas organizações tentam reverter o cenário. Vemos ações bem intencionadas sendo colocadas em prática para aumentar o engajamento profissional dos colaboradores, no entanto, grande parte delas não têm sinergia com o público. Para criar conexões verdadeiras, é preciso conhecer os objetos dessa conexão. E isso significa identificar os grupos dentro da empresa, além de perfis demográficos, e sem generalizar. Existe também grande dificuldade de entender o comportamento dos funcionários. É comum encontrar pessoas que não sabem a história da empresa, ou mesmo qual é o serviço ou produto final da empresa. A saída é trabalhar mais a relação emocional e fortalecer as racionais.

 

Home office e o engajamento no trabalho remoto

O home office traz com ele uma série de benefícios, mas também muitos questionamentos e dilemas. Será que de fato ele pode contribuir para o aumento do engajamento de uma equipe ou pode ter o exato efeito oposto? 

 

Acompanhe os próximos tópicos e veja algumas perspectivas importantes sobre trabalho remoto e engajamento de pessoas e times. 

 

O que é o home office

Atualmente, o termo home office é bastante ouvido em empresas dos mais variados setores. Numa tradução literal, o significado de home office é “trabalho em casa”. Mas também pode ser utilizado para se referir a qualquer local de trabalho que não esteja diretamente ligado à empresa que está recebendo aquele serviço ou apenas para se referir a um trabalho à distância.

 

O home office aumenta o engajamento no trabalho?

Essa é uma pergunta recorrente dentro de toda empresa que já possui ou deseja incluir um sistema de home office na rotina de seus funcionários. Infelizmente, esta resposta não é simples e nem sempre se resume a um sim ou um não, pois ela varia de acordo com o perfil de colaboradores, o tipo de atividades exercidas e todo o contexto empresarial em que se está inserido.

Existem pessoas, por exemplo, que têm dificuldade para conseguirem se organizar dentro de um sistema home office. Outras preferem trabalhar na companhia de mais pessoas, pois perdem a produtividade caso estejam sozinhas. Também há aquelas que sentem que, quando se afastam da empresa, acabam se distanciando do centro de decisões da organização.

Por isso, um dos pontos mais importantes ao pensar na implementação do home office como uma ferramenta para aumentar o engajamento no trabalho é ouvir a preferência dos funcionários.

Em uma determinada ocasião, nós, da Santo Caos, tivemos a oportunidade de atender uma  empresa que contratou um cadeirante para fazer parte do seu quadro de funcionários. Após algum tempo, a gestora do colaborador percebeu a dificuldade de locomoção do profissional e passou a pleitear para ele um trabalho remoto, no regime home office.

Finalmente, ela conseguiu a aprovação. Contente, a líder foi comunicar ao funcionário sobre a novidade, sendo surpreendida com a seguinte resposta: “Não quero. Passei muito tempo em casa até conseguir este emprego. Posso lidar com o trânsito e os problemas de transporte, pois trabalhar aqui no escritório é uma grande oportunidade para eu me socializar e conhecer pessoas”.

Essa pequena história ilustra muito bem o quanto é importante conhecer os colaboradores que serão impactados pela proposta de home office. Antes de tomar qualquer decisão, faça uma boa pesquisa e veja se possibilitar as atividades profissionais em casa será uma ação que vai impulsionar o engajamento no trabalho ou surtirá o efeito oposto.

 

Pandemia e o home office compulsório

Com tantos meses de pandemia e trabalho totalmente remoto para muitas empresas, o desafio de manter os altos índices de engajamento no trabalho à distância, e num contexto tão complexo como o que estamos lidando, segue talvez como nunca.

Aquelas que retornaram ao presencial ou estão num modelo híbrido, igualmente estão bem longe do que era “normal” até março de 2020, uma vez que passaram a adotar protocolos rígidos de segurança e acompanhamento constante (ou assim deveriam).

Com tudo isso, as pessoas estão seriamente cansadas, impactando diretamente o engajamento no trabalho. Além de toda a insegurança, preocupação, dificuldades financeiras para muitos, nem todos se adaptam ao trabalho remoto, e rituais comuns de uma rotina presencial começam a fazer falta. As horas de trabalho estão confusas, o tempo conectado só aumenta e a vida pessoal muitas vezes é deixada de lado. Não é raro encontrarmos pessoas que afirmam que nunca trabalharam tanto como estão trabalhando agora, de suas casas.

Diante de todo esse cenário, muitas empresas estão inseguras em relação às melhores formas de lidar com tudo isso e assim garantir o engajamento no trabalho de suas equipes. É preciso avaliar as peculiaridades do setor, o tipo de trabalho desempenhado e os rituais da empresa. Mas algumas dicas, em geral, funcionam para diferentes casos. Confira:

 

  • Ouça as pessoas

Nós acreditamos muito no poder da escuta como a base para promover o engajamento no trabalho. Por isso, essa dica é comum por aqui! Ouvir o que os funcionários têm a dizer e buscar entender suas necessidades e o que este período tem trazido para ele é fundamental para que seja possível pensar em caminhos que facilitem e tornem a rotina menos exaustiva.

Algumas empresas, inclusive, têm oferecido suporte psicológico aos colaboradores. Esta é uma medida extremamente relevante, uma vez que o Brasil lidera os índices de ansiedade e depressão na pandemia.

 

  • Adeque o modelo de gestão

É fundamental que a organização entenda que no regime home office ela não poderá monitorar o funcionário 100% do tempo. Assim, se a empresa possui um modelo de gestão mais controlador, talvez seja necessária uma adaptação na forma de trabalhar, principalmente, entre as lideranças. Para que o home office flua bem e não impacte negativamente o engajamento no trabalho, é essencial o estabelecimento de uma forte relação de confiança entre empregador e empregado.

 

  • Comunique-se constantemente

Em qualquer circunstância, é fundamental que o líder mantenha um contato constante com a sua equipe. Além de direcionar os trabalhos, o hábito das dailys (reuniões diárias de curtíssima duração), por exemplo, dá mais segurança e promove uma melhor conexão do colaborador com a empresa. O líder muitas vezes também é o principal meio de comunicação e a fonte mais confiável que o empregado possui, por isso é importante que ele seja acessível e presente. Sem falar no feedback, tão importante em qualquer modelo de trabalho. Na relação à distância, um processo contínuo e próximo de feedback é essencial.

Mas já que estamos falando de comunicação, aqui vai um alerta para as áreas de comunicação interna. Todos os dias lidamos com uma enxurrada de informações, pelos mais diferentes canais. Por isso, quando pensamos na comunicação com os empregados, é preciso fazer uma curadoria do que é passado adiante: essa mensagem é realmente relevante para a vida das pessoas? Isso influencia no seu trabalho? Se a resposta for não, talvez seja o caso de repensar. Muitas vezes o excesso de canais e mensagens acaba fazendo com que o que é relevante fique perdido em meio a uma grande quantidade de informações. Com isso, o colaborador se sente cansado e a comunicação, tão importante para a conexão dele com a empresa, acaba perdendo a sua efetividade.

 

Cuidado com o excesso de reuniões

As videochamadas são as grandes aliadas do trabalho remoto e da comunicação em tempos de distanciamento social. Mas elas também podem ser vilãs, tornando-se poderosas inimigas do engajamento no trabalho. Como dissemos, as pessoas estão cansadas e o excesso de câmeras e telas contribui para isso. O sentimento até ganhou um nome: “Zoom fatigue”. Para que não comecem a se tornar um problema, algumas regrinhas são fundamentais:

  • Horários: combine com a sua equipe a melhor janela de horário para que aconteçam. Se a sua empresa trabalha com uma jornada flexível, o meio termo é o melhor caminho e geralmente compreende do meio da manhã até o meio da tarde.

 

  • Respeite as pausas: nada de reuniões na hora do almoço. Lembre-se que, mesmo estando em casa, as pessoas têm sua rotina e a empresa precisa estimular que ela seja o mais saudável possível.

 

  • Para serem efetivas, as reuniões precisam de uma pauta bem definida e, de preferência, enviada antes da reunião, para que as pessoas possam se preparar. 

 

  • Reuniões produtivas duram, no máximo, 1 hora. Depois disso, as pessoas deixam de absorver as informações.

 

  •  O clássico: essa reunião pode ser resolvida com um e-mail? Se sim, repense se não é mais efetivo seguir desta forma.

 

  • Por último: que tal estipular um dia da semana sem reuniões? Se for possível, veja o dia mais adequado e estimule esse hábito. Um dia sem reuniões pode ser super produtivo para quem gosta de trabalhar sem muitas interrupções, ficar mais à vontade, usar outros espaços da casa, etc. É uma medida simples que pode fazer a diferença para as pessoas e até descansá-las.

 

Facilite conexões e estimule interesses extra-trabalho

Uma das grandes perdas do trabalho remoto é a falta do almoço em conjunto, da pausa para o cafezinho, da conversa no corredor. Pensando nisso, que tal criar momentos de descontração que simulem estes encontros? Almoços à distância, onde cada um mostra uma receita diferente, happy hour virtual apenas para colocar a conversa em dia, grupos de discussão sobre hobbies, livros, séries etc. As possibilidades são imensas e podem fazer a diferença na conexão entre as pessoas e, consequentemente, no engajamento no trabalho. É um tempo de qualidade que vale a pena investir.

Estimular o compartilhamento de interesses extra-trabalho também é um caminho possível e efetivo. Já que o trabalho tomou conta de nossas casas, que tal falar sobre elas, trocar receitas, dividir fotos da rotina? A chave é a humanização. Neste link você encontra um podcast bem legal sobre esse tema.

Garanta ergonomia

É importante lembrar que nem todo funcionário terá um local de trabalho adequado em seu home office. Isso inclui mesa e cadeira apropriadas; iluminação satisfatória; climatização agradável; algumas vezes, internet de alta velocidade etc. A ausência de boas condições para exercer as atividades profissionais pode afetar (e muito) o engajamento no trabalho. Por isso, é crucial que a empresa esteja atenta a esta questão e procure oferecer a melhor estrutura, principalmente, na modalidade home office.

E aí, o que achou de nosso artigo sobre engajamento no trabalho? Se gostou, leva para mais pesoas compartilhe.

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