- Daniel Santa Cruz
Como cumprir a cota de PcD?
A sua empresa está engajada com a inclusão de pessoas com deficiência no quadro de colaboradores? Dê uma olhada nessas dicas que preparamos e veja como cumprir a cota de PcD, obtendo resultados sustentáveis.
A sigla PcD, empregada no Brasil desde 2006, significa: Pessoa com Deficiência. Ela é utilizada para se referir às pessoas que possuem limitações permanentes, sejam elas físicas ou mentais, presentes desde o nascimento ou adquiridas ao longo da vida (pessoas reabilitadas, por exemplo, que adquiriram uma deficiência a partir de um acidente).
É dever de boa parte das empresas (principalmente as de grande porte) ter em suas equipes de colaboradores uma cota de PcD. Mas, independente da obrigatoriedade, é fundamental que as organizações se conscientizem e não vejam a cota como uma medida compulsória. Idealmente, o foco da ação deveria ser a realização de uma inclusão verdadeira. Por isso, neste artigo, apresentamos dicas preciosas para você cumprir a cota de PcD, efetivando esta ação com qualidade e solidez. Acompanhe!
1. Mapeie os diferentes tipos de deficiências e as funções disponíveis na organização.
No momento de cumprir a cota de PcD é muito comum ouvir algumas empresas dizendo: “nós não conseguimos contratar pessoas com deficiência, pois o trabalho exigido é muito físico.” Talvez estas companhias estejam pensando apenas em indivíduos cadeirantes, por exemplo. Porém existem muitas outras deficiências. Por isso é tão importante mapear as deficiências, procurando cruzá-las com as funções disponíveis na empresa. Uma pessoa cega, por exemplo, não poderá dirigir um automóvel, mas certamente terá o perfil para muitos outros tipos de atividade na organização.
2. Esteja atento aos três tipos de acessibilidade.
Ao cumprir a cota de PcD, é importante que a organização acolha o colaborador com deficiência, contribuindo para que a sua adaptação aconteça da maneira mais rápida e simples possível. Para isso é fundamental que a empresa ofereça alguns tipos de acessibilidade. As três principais delas são:
Acessibilidade arquitetônica: relaciona-se à facilitação de acesso físico a empresa, tal como a existência de banheiros adaptados, rampas, elevadores, corrimãos etc.
Acessibilidade comunicacional: relaciona-se à facilitação da comunicabilidade, como por exemplo, a disponibilização de um programa que leia a tela do computador para cegos ou a presença de uma pessoa que saiba se comunicar pela Língua Brasileira de Sinais (Libras) na empresa etc.
Acessibilidade atitudinal: relaciona-se à conduta da companhia, isto é, diretores, gestores e demais colaboradores da empresa devem entender a importância e o propósito da cota de PcD. Isto será decisivo para que eles tenham uma conduta inclusiva no dia a dia da organização.
3. Trabalhe na retenção e não apenas na contratação.
O cumprimento da cota de PcD vai além da etapa da contratação dos talentos. Outro passo crucial deste processo é trabalhar na retenção dos funcionários com deficiência.
Algumas ações podem contribuir para a fidelização destes colaboradores. Elas são:
Recrutamento e seleção: esta modalidade de admissão pode gerar muitas dúvidas no RH. Por isso, contar com o apoio de empresas especializadas nesta modalidade de contratação é bastante recomendado.
Treinamento: assim como qualquer outro funcionário, o colaborador com deficiência precisa ter a oportunidade de desenvolver-se dentro da companhia.
Integração: é imprescindível que o funcionário com deficiência se sinta parte da organização, não sendo tratado apenas como um número para cumprir a cota de PcD. Assim, a integração também merece muita atenção. Quanto melhor for o relacionamento deste colaborador com a marca empregadora, as funções que ele exerce e as equipes de trabalho, maior será o engajamento dele com a empresa.
E na sua companhia, como funciona a cota de PcD? Conte para a gente aqui no campo dos comentários.
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