- Daniel Santa Cruz
Comitê de diversidade: como estruturar e engajar
Uma das principais ações implantadas nas empresas que começam a trabalhar diversidade e inclusão é a estruturação de comitês. Sejam grupos temáticos de afinidade ou um comitê de diversidade generalista, são uma iniciativa frequente. E podem ser uma ferramenta poderosa para iniciar o debate de diversidade e inclusão nas empresas.
Confira a seguir algumas dicas para estruturar um comitê de diversidade que consiga engajar pessoas, e também como fazer esse engajamento se sustentar no longo prazo.
Buscar um sponsor
Sponsor é uma palavra do inglês que pode significar padrinho, ou patrocinador. E em comitê de diversidade, o sponsor tem esse papel: apadrinhar as iniciativas e incentivar outras pessoas a participarem. Um sonho de qualquer responsável por um comitê de diversidade é conseguir um “patrocinador” interno que esteja no conselho ou na diretoria da empresa, pois assim é muito mais provável que a iniciativa pegue tração e se perpetue, fazendo parte também da estratégia da empresa.
Assim, se você deseja estruturar um comitê de diversidade na sua empresa, busque o apoio de lideranças que se identifiquem com esse tema. Atualmente, muitos líderes recebem inclusive metas relacionadas ao tema, e o suporte de um sponsor pode ser o apoio que o seu comitê precisa para decolar.
Nem sempre convencer um diretor, VP ou CEO a ser patrocinador de diversidade é uma tarefa fácil. Por isso, busque demonstrar o valor dessas iniciativas através de dados que comprovam a importância da diversidade para os negócios. Para te ajudar, reunimos aqui algumas dicas sobre isso.
Estruturar o comitê de diversidade
Tendo ou não um sponsor, um passo essencial para que o comitê de diversidade funcione é planejar as ações. Para isso, é fundamental conhecer o perfil do seu público interno – um diagnóstico de diversidade pode ajudar muito nisso. Além disso, entender a fundo as expectativas dos colaboradores e a cultura organizacional também será muito importante.
A partir daí, será necessário estruturar o propósito, missão, valores e objetivos do comitê de diversidade. Afinal, se queremos que as pessoas participem, isso precisa dialogar com o que elas acreditam, certo?
Organizar os encontros
Uma vez planejado o comitê de diversidade, chegou a hora de colocá-lo em prática. Convidar as pessoas com antecedência, fazer uma divulgação atraente e deixar as pessoas à vontade para participarem serão itens obrigatórios no seu checklist. Será importante neste momento se preocupar com a representatividade: as pessoas precisarão se sentir confortáveis para participar, e isso acontece mais naturalmente quando elas podem se reconhecer naquele espaço.
O próximo passo é estruturar, antes do encontro, uma pauta bem definida. E, dependendo do nível de conhecimento interno dos colaboradores sobre o tema, pode ser importante fazer algumas ações de nivelamento, como treinamentos sobre diversidade e conceitos gerais.
Ao final de cada encontro, procure sempre propor algumas “lições de casa” que os participantes deverão cumprir até a próxima reunião. Isso manterá o tema na memória das pessoas e aumentará o comprometimento.
Por fim, não se esqueça de coletar feedbacks dos participantes. Isso será essencial para compreender e definir fatores como: atratividade dos temas, linguagem, periodicidade dos encontros etc.
Manter o engajamento
Outro grande sonho de quem organiza um comitê de diversidade é manter as pessoas engajadas e participando. Para isso, é importante considerar os cinco pilares do engajamento e manter esse modelo sempre em mente. Estabeleça indicadores claros para medir a satisfação, assiduidade e relevância dos comitês. Pense também em outras iniciativas que ajudem a manter o engajamento em alta.
Criar políticas de diversidade para a empresa, olhar com cuidado para recrutamento e retenção, conscientizar e sensibilizar a liderança e principalmente comunicar bem internamente antes de falar para fora, são pontos que vão levar o seu programa de diversidade a outro patamar.
Como está esse debate aí na sua empresa? Já existe algum comitê de diversidade estruturado? Conta pra gente!